INSS Adota Inteligência Artificial para Detectar Fraudes em Atestados Médicos

O INSS está implementando inteligência artificial para identificar fraudes em atestados médicos. Essa tecnologia fará cruzamentos de dados, analisará comportamentos suspeitos e será integrada ao programa Atestmed, que analisa documentos para benefícios de curta duração. O sistema visa combater fraudes de forma mais eficiente, mas perícias médicas ainda serão necessárias para casos mais complexos.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou a adoção da inteligência artificial para detectar fraudes em atestados médicos. O novo sistema, que entrará em vigor em breve, fará cruzamentos em bancos de dados para mapear irregularidades, utilizando até mesmo análise comportamental. O objetivo é aprimorar o programa Atestmed, que incentiva a análise documental em casos de benefícios de curta duração, como o auxílio-doença.

O monitoramento dos atestados atualmente é feito por meio de amostragem, mas com a inteligência artificial, todos os atestados serão analisados. A ferramenta poderá comparar documentos emitidos por um mesmo médico, a fim de verificar indícios de irregularidades. Além disso, o sistema será capaz de identificar comportamentos suspeitos, como o envio em massa de atestados de um mesmo IP.

A inteligência artificial será incorporada ao programa Atestmed, que permite o uso de atestados no lugar da perícia médica para benefícios de curta duração. O segurado pode solicitar o benefício e enviar a documentação pelo aplicativo Meu INSS ou pessoalmente na agência. Segundo o INSS, o tempo médio entre o pedido e a concessão do benefício varia entre 5 e 15 dias.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, ressalta que a decisão de utilizar a inteligência artificial é estratégica e visa combater as fraudes de forma mais eficiente. Ele destaca que aqueles segurados que apresentarem atestados falsos terão o benefício indeferido e responderão penalmente.

É importante ressaltar que, apesar do uso da inteligência artificial, casos complexos continuarão exigindo perícia médica, como o benefício assistencial à pessoa com deficiência (BPC/Loas) e aposentadoria por invalidez.

Noticiou o Estadão.

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